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01-04-2003

Crónica da América


América

Crónica da Amércia Manuel Calado A notícia mais quente do dia em todos os meios de comunicação, e o desastre da Enron. A Enron, era uma companhia monstro. Um valor de dezenas de biliões de dollars. Era, sem dúvida, um dos mais firmes pilares do capitalismo triunfante. Um exemplo para a malta dos hesitantes em aceitar na sua totalidade a filosofia de mercado, como antídoto para todos os problemas da humanidade. A Enron era - era, porque já não é mais - um polvo gigante com tentáculos controlantes no negócio da energia - gas, gasolina, electricidade e outros campos a que foi alargando a sua influência. E não apenas influência. E não apenas influência económica, mas influência política. E quando se fala em influência política, no mesmo fôlego, fala-se em influência corruptora. A Enron, baseada no Texas, a terra dos petróleos foi das que mais contribuíram com dinheiro de contacto, para a eleição do Presidente Bush, do actual attorney general e outros capitaes e generais da ala direitista. Como outras companhias decerto menos corruptas do que ela, a Enron, tinha também um plano de reforma para os empregados, somente que, em vez de lhes dar dinheiro, dava-lhes papel, isto é, acções da companhia. Mas com a condição de os trabalhadores nãu puderem vender ou passar os lucros para outra companhia. As acções da Enron chegaram a atingir quase cem dollars na Wall Street, e os trabalhadores julgavam-se milionários e felizes. Até o dia em que as falcatruas da Enron, começaram a vir a superfície. O valor real da companhia for a empolado, devido a apresentação de relatórios falsos, apresentando valores que não existiam. E a roda começa a desandar. Os maiorais da empresa, continuaram a receber milhões de dollars pelas suas habilidades em encobrir o estado da empresa, esta continuou a contribuir com milhões de dollars para os políticos republicanos - e também alguns democratas de meia tijela - e a grande burla foi-se aguentando ainda algum tempo. Entretanto os maiorais da companhia, adivinhando o colapso, começaram a vender a maioria das suas acções, e a arrecadar o dinheiro. Mas os trabalhadores dos Four One Kays, estavam amarrados, sem poder desfazer-se das suas acções. E a Enron, da noite para o dia, de empresa bilionária, passou ao descrédito da bancarrota. De cem dollars, as acções passaram a valer seis cêntimos cada. Até que o colosso acabou por dar a alma ao criador. Não os dirigentes, que esses acautelaram-se a tempo. Mas agora a companhia e os responsáveis, estão com dezenas de investigações e processos atrás do rabo. E agora estão vindo a público os contactos havidos entre o presidente da Enron, Kenneth L. Lay, e o presidente Bush, Paul Oneil, secretário do Tesouro e o attorney General John Asheroft. Estes três gigantes do governo Bush, incluindo o Presidente, estavam todos a par do que se passava nos meandros financeiros da Enron, mas nada disseram. O descalabro da Enron, não foi causado apenas pela recessão ou o ataque terrorista de 11 de Setembro. Ontem veio a público a declaração da firma de contabilidade que auditorava as contas da empresa, dizendo que milhares de documentos haviam sido destruídos. O presidente Bush, que conta a Enron, como um dos seus principais amigos e contribuintes de campanha, em face deste escândalo - e, provavelmente, acção criminosa por parte dos responsáveis - prometeu realizar uma investigação vigorosa, a fim de apurar responsabilidades. Como resultado do escandalo, John Ashcroft, isentou-se e participação no caso, alegando possível conflito de interesse. E entretanto as investigações criminais, civis e congressionais, prosseguem. E o caricato e que alguns dos investigadores congressionais, são os mesmos que foram contemplados contemplados com os milhões de dollars da Enron. No meio deste monumental colapso de um dos maiores pilares do capitalismo americano, as figuras mais pateticas e dignas de comiseração, são as dezenas de milhares de trabalhadores, que ficaram sem um centavo nos seus fundos de aposentação.

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